quarta-feira, 20 de julho de 2011

Muito Mais Que Amor...

                                      
      Hoje é o dia do amigo, é difícil falar sobre ele ou eles, a questão  é, quando pensamos em amigo quase sempre é para algo alegre, feliz, não é???
     E quando vemos uma foto ou imagem sobre amigos qual é a primeira coisa que vem a cabeça???
     Sorrisos... Ah!!! Que coisa boa, momentos alegres, também é bom; mas nem sempre é assim.
     Quero falar também que é sempre muito difícil comentar de uma forma nova um assunto que já conhecemos. Temos uma forte tendência conservadora, que nos leva a rejeitar, ao menos num primeiro instante, qualquer ideia que não esteja em concordância com o que já sabemos.
     Vou falar de amor e, então, parece mais difícil ainda que as pessoas consigam ver seus aspectos menos simpáticos.
     O amor corresponde a uma busca de completude.
     Todos nós, desde o início da vida, temos a sensação de sermos incompletos. Parece que só nos sentimos inteiros e em paz quando estamos com o nosso eleito.
     Assim, é óbvio que nosso primeiro amor é nossa mãe, e todos os outros objetos de amor que venhamos a ter ao longo das nossas vidas serão substitutos dela.
     As crianças são extremamente dependentes de suas mães, com as quais têm a sensação de estarem fundidas.
     Sentem-se inseguras quando estão longe delas e vivem atormentadas pelo pesadelo de que ela poderá abandona-las ou morrer.
     Quando refletimos sobre as relações amorosas entre adultos, percebemos que o modo como se unem é muito semelhante ao sentimento que liga uma criança à sua mãe.
     A grande verdade é que os ingredientes negativos relacionados ao ciúme também se manifestam de uma forma muito intensa.
     É por causa disso que costumamos perceber o amor como um sentimento que acaba se opondo de modo mais ou menos definitivo aos desejos de individualidade.
     O amor adulto é uma cópia do que se passa na infância.
     O discurso é mais racional, mas as reações são idênticas às das crianças.
     Casais apaixonados se tratam por diminutivos infantis e gostam de receber agrados também infantis.
     Esses pequenos detalhes não seriam importantes se não viessem acompanhados de noção de que aqueles que se amam têm direitos sobre seus amados.
     A mãe se acha com direitos sobre seus filhos e isso, até uma certa idade, faz sentido.
     Agora, que o marido possa dizer à esposa se ela pode ou não usar determinada roupa, ir ou não a um dado lugar, é uma ofensa aos direitos individuais.
     O outro tipo de relacionamento íntimo que vivenciamos é o da amizade.
     Aqui, o prazer da companhia é tão importante quanto o que existe nas relações chamadas amorosas.
     A confiança recíproca e a cumplicidade costumam ser até maiores do que as alianças encontradas entre os que se amam.
     Somos mais respeitosos e menos dependentes de nossos amigos.
     Qual a conclusão??? 
     Para mim, fica claro que o amor é um processo infantil que costuma se perpetuar ao longo da nossa vida adulta.
     A amizade é um tipo de aliança muito mais sofisticada porque não busca a fusão e sim a aproximação de duas criaturas que tenham importantes afinidades e interesses em comum.
     Nossa parte adulta estabelece vínculos respeitosos e ricos em intimidade, que correspondem à amizade.
     Nossa parte infantil tende a estabelecer um elo único com outra pessoa, em relação à qual passamos a ter expectativas similares àquelas que tínhamos de nossa mãe.
     Não tenho dúvidas a respeito: amizade é um processo muito mais adulto do que chamamos de amor.
     A amizade está para o ser humano como a flor está para o jardim.
     Não podemos nos separar da qualidade em servir, amar e estar diante de nossos amigos; para que nossos sentidos, nossa sabedoria e nosso amor estejam presentes em todos os nossos atos e em todas as nossas relações.
     Os amigos nos trazem o conforto e a segurança para podermos sorrir, amar e cantar as alegrias da vida.
     Somos todos iguais, quando estamos entrelaçados com estes companheiros e, assim, devemos valorizar e crescer juntos para que uma condição de vida seja, a cada dia, fortalecida e agraciada pela sabedoria e pela grandiosa amizade.
        Somos gratos, quando um amigo mostra um caminho tão difícil de ser descoberto.
     Somos gratos, quando descobrimos que nosso amor existe, está disponível a nós e a todos a quem dele necessita com tanto interesse.
     São os amigos que nos dão a mão nas horas difíceis, e são a eles que podemos prestar a nossa ajuda, o nosso amor e companheirismo.
     Então, vamos valorizar enriquecer e saborear esta grande condição da vida que é simplesmente ser amigo e companheiro.
     Como disse o saudoso Rui Biriva:
     " São os diamantes da vida que brilham nos olhos da gente, um amigo é para sempre, um amigo é para sempre..."
      Dedico a todos amigos!!!
     
           




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