sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sobre Liberdade...


Falam sobre liberdade, sim muitos falam mas a pergunta é: Sabemos realmente o que ela significa???
Pensando nisso lembrei-me de algo que li em: Krishnamurti – Perguntas e Respostas – Ed. Cultrix, repasso para vocês Pessoas.
           O que é liberdade?
Muitos filósofos têm escrito sobre a liberdade. Falamos sobre liberdade — liberdade para fazer o que quisermos, para ter o emprego de que gostamos, liberdade para escolher uma mulher ou um homem, liberdade para ler qualquer livro, ou liberdade para não ler absolutamente nada.
Somos livres, e o que fazemos com essa liberdade?
Usamos essa liberdade para nos expressarmos, para fazer aquilo de que gostamos.
A vida está se tornando cada vez mais permissiva — Você pode fazer amor no parque ou no jardim. 

Temos toda espécie de liberdade, e o que temos feito com ela?
Pensamos que onde há escolha há liberdade.
Eu posso ir à Itália ou à França: é uma escolha. Mas a escolha dá liberdade?
Por que temos que escolher?
Se você é realmente lúcido, tem uma compreensão exata das coisas, não há escolha.
Disso resulta uma ação correta.
Apenas quando há dúvida e incerteza é que começamos a escolher.
A escolha, então, se vocês me permitem dizê-lo, constitui um empecilho para a liberdade.
Nos estados totalitários não há liberdade alguma, pois eles têm a idéia de que a liberdade produz a degeneração do homem.
Portanto, eles controlam, reprimem — vocês sabem o que está acontecendo.
Então, o que é liberdade?
É algo que se baseia na escolha?
É fazer exatamente o que queremos?
Alguns psicólogos dizem que, se você sente alguma coisa, não deve reprimi-la ou controlá-la, mas deve expressá-la imediatamente.
Jogar bombas é liberdade?
— Veja apenas a que reduzimos a nossa liberdade!
A liberdade está lá fora, ou aqui dentro?
Onde você começa a procurar pela liberdade?
No mundo exterior — onde você expressa o que quer que você queira, a tal liberdade individual — ou a liberdade começa dentro de você, para então se expressar inteligentemente fora de você? Compreendeu a minha pergunta?
A liberdade só existe quando não há confusão dentro de mim, quando, psicologicamente, religiosamente, não há o perigo de eu cair em nenhuma armadilha — você entende?
As armadilhas são inúmeras: gurus, sábios, pregadores, livros excelentes, psicólogos e psiquiatras — tudo armadilhas.
E se estou confuso e há desordem, não preciso, primeiro, me livrar dessa desordem antes de falar em liberdade?
Se não tenho nenhum relacionamento com minha mulher, com meu marido, ou com outra pessoa — porque nossos relacionamentos são baseados em imagens — surge o conflito, que é inevitável onde há divisão.
Então, não deveria eu começar por aqui, dentro de mim, na minha mente, no meu coração, a ser totalmente livre de todos os medos, ansiedades, desesperos, e das mágoas e feridas de que sofremos por causa de alguma desordem psíquica? Observe tudo por si mesmo e livre-se disso!
Mas, aparentemente, nós não temos energia.
Nós nos dirigimos aos outros para que nos dêem energia.
Falando com o psiquiatra nós nos sentimos aliviados — a confissão e tudo o mais.
Sempre dependendo de alguma outra pessoa.
E essa dependência, inevitavelmente, causa conflito e desordem.
Então, temos de começar a compreender a profundeza da liberdade; precisamos começar com aquilo que está mais perto: nós mesmos.
A grandeza da liberdade, a verdadeira liberdade, a dignidade, a sua beleza, está em nós mesmos quando a ordem é completa.
E essa ordem só vem quando somos uma luz para nós mesmos.

Como ele disse, a profundeza da liberdade está dentro de nós mesmos, deixo para vocês Pessoas, uma frase:


“O único tirano que aceito nesse mundo é a pequena voz silenciosa que há dentro de mim.”
Mahatma Gandhi

Forte Abraço, Paz e Muiiita Luz...



                                               

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